top of page
Foto do escritorAddiction

No cookies, no party?


Por entre um sem número de notícias que claramente pediam um maior grau de atenção, surgiu esta quase nota de rodapé: com início em 2022, a Google anunciou que irá cessar o suporte a cookies de terceiros no seu browser, o Google Chrome (a larga distância o browser mais popular, com quase 70% de penetração no mercado).


Também a Apple e a Mozilla prometeram tomar ações semelhantes. E isso implica uma mudança sísmica na forma como até agora o marketing digital tem funcionado.


Afinal, o recurso a cookies para efeitos de tracking - e mais não é uma cookie que um pequeno pedaço de código que é armazenado no browser do utilizador e recolhe informação sobre os seus comportamentos online - é algo de essencial para um sem número de anunciantes e negócios. É graças às cookies que é possível, por exemplo, fazer o targeting de anúncios a audiências específicas.



No entanto, as questões relacionadas com a privacidade do utilizador têm assumido uma importância crescente, como de resto, o demonstrou a implementação ao nível europeu do GDPR (General Data Protection Regulation) - uma regulação, atente-se, não uma diretiva. Existem, é certo, várias opções que permitem ao utilizar fazer o “opt-out” de cookies de terceiros e do tracking, mas estas têm sido ultrapassadas pelas imaginativas táticas dos anunciantes digitais.


O termo a reter doravante poderá mesmo ser “zero-party data”, ou seja, informação que o utilizador, de forma pro-ativa, partilha com uma marca. Esta partilha voluntária de informação pode ser feita através de um questionário, de uma mecânica de gamification ou através de uma simples interação online entre o utilizador e a marca.


Se até agora os “dados eram o petróleo do século XXI”, a tendência é que os mesmos valorizem bastante.


Estratégias que podem ser adotadas para contornar esta situação:


  • Uso da “contextual advertising”:


Esta estratégia permite espalhar anúncios Pay Per Click (PPC) em websites com keywords semelhantes.


  • Reforçar o consentimento por parte do utilizador


Afirmado pela Deloitte Digital (mas também pelo bom-senso), ter a confiança do consumidor é o maior bem que qualquer negócio pode ter. As marcas têm, por isso, de investir em soluções de gestão de consentimento, podendo o utilizador ser porventura “tentado” com uma solução de comunicação hiper-personalizada automatizada.


  • Recorrer à Google Privacy Sandbox


Esta ferramenta desenvolvida pelo Google permite (e aqui é forçoso inserir a palavra “teoricamente”) que os profissionais de marketing continuem a publicar e distribuir anúncios para a audiência apropriada sem capturar uma grande quantidade de dados do utilizador. A ideia passa por segmentar anúncios relevantes não para o indivíduo mas para “cohorts” - grupos de utilizadores agrupados devido a um traço identificador comum -, sendo os dados pessoais do utilizador armazenados (contidos) no seu próprio dispositivo.

27 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments

Couldn’t Load Comments
It looks like there was a technical problem. Try reconnecting or refreshing the page.
bottom of page